A primeira exibição de cinema no Brasil aconteceu
em oito de julho de 1896, no Rio de Janeiro, por iniciativa
do exibidor itinerante belga Henri Paillie. Naquela noite, numa sala
alugada do Jornal do Comércio, na Rua do Ouvidor, foram projetados oito
filmetes de cerca de um minuto cada, com interrupções entre eles e retratando
apenas cenas pitorescas do cotidiano de cidades da Europa. Só a elite carioca
participou deste fato histórico para o Brasil, pois os ingressos não eram
baratos . Um ano depois já existia no Rio uma sala fixa de cinema, o
"Salão de Novidades Paris", de Paschoal Segreto .
Os primeiros filmes "posados" (isto é, de ficção) feitos no Brasil
eram em geral realizados por pequenos proprietários de salas de cinema do Rio e
São Paulo, sendo frequentemente reconstituições de crimes já explorados pela
imprensa: "Os Estranguladores", de Francisco Marzullo (1906), o
primeiro sucesso, com mais de 800 exibições no Rio; "O Crime da
mala", de Francisco Serrador (São Paulo, 1908) e "Noivado
de Sangue", de Antonnio Leal (Rio, 1909). Mas há também comédias, como o
curta "Nhô Anastácio chegou de viagem", de Marc
Ferrez (1908).
Em 1909 surgem os filmes "cantados", com os atores dublando-se ao vivo, por trás da tela. O sucesso do sistema resulta na filmagem de revistas musicais ("Paz e amor", 1910, com sátira ao presidente Nilo Peçanha) e trechos de óperas ("O Guarany", 1911). Há forte concorrência entre as produções do Cinematógrafo Rio Branco (de Alberto Moreira) e da Rede Serrador, que se instala no Rio e produz o drama histórico "A República portuguesa" (1911), outro sucesso. Hoje não existem sequer fragmentos desses filmes.
Em 1909 surgem os filmes "cantados", com os atores dublando-se ao vivo, por trás da tela. O sucesso do sistema resulta na filmagem de revistas musicais ("Paz e amor", 1910, com sátira ao presidente Nilo Peçanha) e trechos de óperas ("O Guarany", 1911). Há forte concorrência entre as produções do Cinematógrafo Rio Branco (de Alberto Moreira) e da Rede Serrador, que se instala no Rio e produz o drama histórico "A República portuguesa" (1911), outro sucesso. Hoje não existem sequer fragmentos desses filmes.
No começo dos anos 30, o cinema brasileiro passa
por uma rápida fase otimista, já que os "talkies" (filmes falados)
de Hollywood têm dificuldades de entrar no mercado brasileiro, por
deficiência das salas e pelo problema da língua. Em 1930-1931 são produzidos
quase 30 longas de ficção, mas, em função dos custos, a produção volta a se
concentrar no Rio e em São Paulo.
No Rio dos anos 40
Criam a Atlântida Cinematográfica, sem grandes
investimentos em infra-estrutura, mas com produção constante. Estréia com
o sucesso "Moleque Tião" (1941), drama baseado na vida do
comediante Grande Otelo, que interpretou a si próprio no filme, entre
outros. Os grandes nomes da Atlântida são Oscarito, Grande
Otelo, Ankito e Mesquitinha(comediantes), Cyll
Farney e Anselmo
Duarte (galãs), Eliana (mocinha), José Lewgoy (vilão)
e os cantores Sílvio Caldas, Marlene, Emilinha Borba, Linda
Batista e pela primeira vez no cinema brasileiro, estão associados produção e
exibição, e passa a produzir comédias musicais de fácil comunicação com o
público, tendo como tema principal o carnaval.
Aos poucos, as histórias vão abandonando o carnaval e
explorando a comédia de costumes, a partir dos tipos folclóricos do Rio de
Janeiro, satirizando dramas americanos de sucesso. O público gosta, mas os
críticos "sérios" dizem que chanchada não é cinema. (Chanchada em
espanhol significa exatamente "porcaria".)
As chanchadas (e a Atlântida) se esgotam no final dos
anos 50, quando o público parece cansar da fórmula, e as maiores estrelas são
chamadas para trabalhar na televisão.
O cinema novo se deu nos anos 60, Uma parcela
(pequena, mas significativa) da juventude brasileira descobre este novo cinema,
comprometido com a transformação do país, com filmes mostrando um Brasil
desconhecido, com muitos conflitos políticos e sociais.
A pornochanchada surgiu em São Paulo, nos anos
70, foi uma produção bem numerosa e bem comercial, também conhecida como
produção da Boca do lixo, de onde despontaram vários diretores de talento que
souberam usar o que dava bilheteria na época (filmes eróticos), em uma
época de censura no Brasil, fazia com que fosse comparado ao gênero pornô,
embora não houvesse, de fato, cenas de sexo explícito nos filmes.
Em outubro de 1982, a crise econômica do país
piora, falta dinheiro para que o consumidor brasileiro possa ir ao cinema,
falta dinheiro para produzir filmes. A produção volta a cair. Apesar de
tudo, surge uma nova geração de cineastas em São Paulo, com seus
filmes vistos basicamente em festivais.
Em 15 de março de 1990, Fernando
Collor assume a presidência da República. Em seu governo, as reservas
financeiras particulares da população brasileira, como contas-poupança, foram
confiscadas e a Embrafilme(estatal brasileira produtora e
distribuidora de filmes cinematográficos.), o Concine (Conselho
Nacional de Cinema), a Fundação do Cinema Brasileiro, o Ministério da
Cultura, as leis de incentivo à produção, a regulamentação do mercado e até
mesmo os órgãos encarregados de produzir estatísticas sobre o cinema no Brasil
foram extintos.
Em 1992, último ano do governo Collor, um único
filme brasileiro chega às telas. Foi A Grande Arte, de Walter Salles,
falado em inglês e ocupante de menos de 1% do mercado.
Em dezembro de 1992, ainda no governo
de Itamar Franco, o Ministro da Cultura Antonio
Houaiss cria a Secretaria para o Desenvolvimento do Audiovisual, que
libera recursos para produção de filmes através do Prêmio Resgate do Cinema
Brasileiro e passa a trabalhar na elaboração do que viria ser a Lei do
Audiovisual, que entraria em
vigor no governo de Fernando Henrique
Cardoso.
Em 1997, para alcançar o mercado cinematográfico, as Organizações
Globo criaram sua própria produtora, a Globo Filmes. Entre 1998 e 2003,
a empresa se envolveu de maneira direta em 24 produções cinematográficas, e a
sua supremacia se cristalizaria definitivamente no último ano deste período,
quando os filmes com a participação da empresa obtiveram mais de 90% da receita
da bilheteria do cinema brasileiro e mais de 20% do mercado total.
Alguns
filmes lançados na primeira década do novo século, com uma temática atual e
novas estratégias de lançamento, como Cidade de Deus (2002)
de Fernando Meirelles, Carandiru (2003) de Hector
Babenco e Tropa de Elite (2007) de José Padilha alcançam
grande público no Brasil e perspectivas de carreira internacional.
fonte:http://pt.wikipedia.org
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